segunda-feira, 8 de abril de 2013

( EM CONSTRUÇÃO) Conhecendo a comunidade e a possivel escola parceira.



OLHAR DE UM MORADOR

 
      Esta pesquisa foi feita no bairro vila nova carajás na cidade de Santana do Livramento, o objetivo da mesma foi o de conhecer melhor sua história.
      Houve o tempo em que o bairro vila nova carajas não era habitado por pessoas e em seu espaço existia muito campo e em grande parte aos pés do cerro do Panchito.
      Na entrevista com um morador antigo pude viver um pouco daquela época e aproveitar um pouco da riqueza daquele espaço, sem luz, estrada de chão e a existência de 4 a 5 residências, segundo este morador o único antigo ainda existente pois segundo ele todos os outros ja morreram o nome caraja dado ao bairro foi devido ao arroyo que cruza o bairro; segundo ele também o nome caraja é uma palavra guarani dada por causa de uma reboleira de arvore que nasce na beira deste mesmo arroyo.
      Segundo este morador 15 hequitares de terra foi comprado por seu pai podendo ser identificado como morador fundador do bairro, esta terra foi comprada para criar e plantar, pois seu proprietário era agricultor profissional, com o passar dos anos o proprietário fundador vendeu o campo por lotes deixando um espaço de herança para o filho, este mora a uns 45 anos no local e diz que grande parte dos moradores é de classe pobre.
      o bairro depois do começo de sua povoação foi palco de funcionamento de alguns comércios como, por exemplo, açougue que após transformou-se em frigorífico, cabanha, serviu para apicultura e hoje esta desativado; no mesmo bairro também existiu um galpão de secagem de arroz, um ferro velho que funcionava 24 horas e armazém.
      Hoje podemos visualizar no bairro algumas mudanças como: rua asfaltada, com iluminação e ônibus que passa em alguns horários, o bairro é bem povoado com alguns de seus antigos prédios sucateados ou abandonados, como comercio podemos citar uma borracharia, cabanha e bar lancheria.
      Este bairro onde decidi passear e conhecer é um espaço riquíssimo para grandes mudanças e transformações é nele que se localiza a possível escola parceira que se chama Célia Irulegui, na entrevista com pessoas da comunidade e profissional que ali trabalha pude conhecer bem mais deste ambiente educacional ao qual estou aprendendo a admirar.

Visão e profissionalismo da possivel escola parceira:


RELATO DE UM OLHAR PARTICULAR E INVESTIGATIVO DA ACADÊMICA SOBRE O BAIRRO E POSSIVEL ESCOLA PARCEIRA.


      A escola CÉLIA IRULEGUI é municipal de ensino fundamental, localiza-se em uma vila da cidade de sant’ana do livramento e foi construída nos pés do cerro do panchito, virando de frente para ela é possível ver muitos campos com alguns bichos como, por exemplo, cavalo, gado etc., mas ao virar de costas tem-se outra visão, em seu entorno existe quatro direções, num deles é possível visualizar muitas árvores e nada mais em volta, pois se localiza a direita da escola seguindo pela BR que dá acesso a cidade, paralelo a entrada da cidade em direção ao passo do Guedes encontra-se outro bairro que não é o mesmo da escola, mas faz parte de seu entorno onde podemos encontrar uma correaria que confecciona e faz reparos em freios, esporas, estribos etc., possui armazém, pousada, centro de eventos umbu que promove atividades relacionadas ao homem do campo como: palhetiada, tiro de laço, gineteada etc.
      Seguindo pela BR em direção ao centro da cidade encontramos padaria, comercio de artesanato campeiro (com venda de pelegos, palas, bancos etc.), clinica veterinária, dois silos de armazenamento de arroz, plantação de hortaliças. Da escola indo a esquerda à mesma quadra encontra-se uma borracharia, um galpão abandonado que era utilizado para atividades de reciclagem, antigo matadouro que foi transformado em cabanha e após em apiário e hoje se encontra em ruínas.
      A comunidade entorno da escola é pobre, mas não carente, suas casas encontram-se em perfeitas condições, são bem organizadas e na grande maioria são de alvenaria a comunidade gosta do meio ambiente e demonstram através do paisagismo decorando suas casas e as calçadas com árvores e plantas.
      Com essa observação foi possível perceber que a escola é urbana, mas possui muito do meio rural, pois nela esta presente muitas atividades que trazem em seu contexto o homem do campo, o seu entorno da à possibilidade de uma enorme diversificação nas aulas além da grande riqueza possibilitando trabalhar junto aos conteúdos, os costumes do povo de nossa região, modo de vida etc. A bairro encontra-se um pouco abandonado, pois havendo um melhor aproveitamento do que nele já existe, traria desenvolvimento para ele e por conseqüência para cidade onde ele esta inserido, além de trazer benefícios não só para a comunidade mas também para a escola como por exemplo a ampliação na estrutura da mesma.

FAIXAS DA ENTREVISTA FEITA COM O LIDER PIONEIRO DO BAIRRO

      Ao entrevistar o senhor Hermes Garcia, líder comunitário do entorno da escola parceiro, a acadêmica procurou conhecer um pouco mais do bairro assim como a comunidade que nele esta inserida levando em consideração aspectos como estrutura, necessidades, disponibilidade de recursos, políticas publicas, classe social, o papel do líder pioneiro, como ele trabalha e com quem ele trabalha.

Palavras do líder:
      Não me considero líder pioneiro, sou um cidadão com consciência cidadã, não possuo associação, eu sou a associação, tenho tudo legalizado, trabalho sozinho e não possuo retorno das autoridades, faço porque gosto e acredito que se cada um cuidasse de dez metros em frente de sua casa a realidade seria bem diferente.
      Aos 16 anos já lutava contra a ditadura em POA e isso me serviu de estímulo para seguir lutando, o que sou esta no sangue, na personalidade, no meu jeito de ser. A vontade de lutar pela e para a comunidade surgiu quando meu filho convidou-me para andar de bicicleta na praça, mas quando cheguei la tudo estava tomado de mato e cerca viva.
      Eu não era nada e isso me sufocava então comecei a correr atrás, precisava quebrar paradigmas culturais, não sou daqui, mas vim para multiplicar tendo no foco a cidadania.
      A transformação é lenta, “é pelas crianças que se fará a transformação para então chegar aos pais e a grande parte da comunidade”. Possuo um projeto chamado reeducar (reinserção social de apenados, coloco-os a trabalhar pela comunidade, a cada três dias de trabalhos na comunidade é descontado um na prisão), faço isso, pois acredito que o cidadão tem jeito, mas para isso é preciso acreditar, confiar.
      O bairro precisa urgentemente de cultura educacional, o nível escolar da comunidade é baixo, de exclusão, alienação.
      Hoje acabei uma pesquisa de campo que durou três dias onde sai pelo bairro atravessando ruas e travessas observando a iluminação nas mesmas, o que presenciei é critico, num lugar onde temos 200 pontos, 75 estão apagados, já estou com meu trabalho concluído para levar as autoridades competentes e uma segunda via levarei a rádio, o trabalho de pesquisa esta pronto agora é só operacionalizar. O que poço faço não tenho medo, coloco a mão na massa mesmo, com meu salário compro o que necessito para que eu e os apenados possamos trabalhar, possuo carros de mão, enxadas, pás etc. todo tipo de ferramenta necessária para nosso trabalho; eu não dou o peixe, mas ensino a pescar. Quero tornar a cidade receptiva, acolhedora, sei que este projeto é em longo prazo, mas enxergo la na frente.
      Posicionamento da  acadêmica: com a entrevista pude perceber que tudo é possível desde que aja força de vontade, tem um ditado que diz
uma andorinha não faz verão”, mas se cada uma voasse aos poucos com certeza viveríamos dias mais quentes o lugar de fazer algo é aqui e à hora é agora, é fácil olhar as coisas e dizer que é difícil ou que não tem mais jeito, mas o que realmente o mundo precisa é de pessoas que não esperem sentadas os dias passarem, mas que façam as coisas acontecerem.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Município que resido com orgulho. (EM CONSTRUÇÃO)

Santana do Livramento é um município brasileiro do estado do Rio Grande do sul, fica a uma distância de 498 km da capital Porto Alegre. É a terra natal de muitos gaúchos orgulhosos por fazer parte desse chão, entre eles posso citar o mito e cantor Nelson Gonçalves e Paixão Cortes personagem decisivo da cultura gaucha e do movimento tradicionalista do rio grande do sul.

Nessa cidade a povoação iniciou com a doação de sesmarias feitas pelo Marques de Alegrete. Fundada em 30 de julho de 1823, elevada à categoria de município em 1857 e emancipando-se de Alegrete, sua economia baseia-se no comércio, na agricultura, na pecuária e na vinicultura.

Constitui com a cidade vizinha Rivera, no Uruguai, uma conurbação binacional, denominada Fronteira da Paz ou La Mas Hermana de Todas Las Fronteras del Mundo. . Situada na chamada fronteira oeste do estado. Na estrada, é possível vislumbrar um dos principais cartões postais do município - o Cerro de Palomas (A 20 km da cidade, entrando pela BR 158). Próximo dali situam-se duas importantes vinícolas: Almadén e Santa Colina. Logo na entrada da cidade está o Parque Municipal do Lago do Batuva (Na descida da Vila Planalto), onde há um lago artificial que oferece sombras majestosas em uma grande área verde, com praça de recreação e quadras para prática de esportes. Mais ao centro do município encontramos a estação férrea, construída em 1906 e que, embora desativada, ainda recebe visitantes que buscam conhecer o prédio histórico por onde passou até mesmo o presidente Franklin Roosevelt. Ainda no centro da cidade é que situa-se o Parque Internacional, símbolo de integração das cidades de Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai. Mais afastado da cidade (BR 293 - A 10 km da sede) encontra-se uma zona de preservação ecológica - Parque Ibirapuita. A região também oferece aos visitantes, turismo rural com passeios e roteiros temáticos por estâncias, museus e charqueadas. A Costa Doce e o Pampa Gaúcho, duas das mais belas regiões do Rio Grande do Sul, foram cenários do principal acontecimento político-militar do Sul do Brasil, no século XIX, a Revolução Farroupilha. Dentre os principais eventos da cidade, destacam-se: Festival Internacional de Pandorgas; Desfile Gaúcho de vinte de setembro (um dos maiores do estado do Rio Grande do Sul); Festa de cordeiro e vinho (típicos produtos da região).


Para mim Livramento representa integração e historia integração de dois povos e história de uma nação com garra e determinação; historia também de um espaço geográfico que esta em constante transformação. Por essa terra carrego alegrias e tristezas: alegria por fazer parte desse território, poder usufruir de suas riquezas, desfrutar de paisagens tão belas e poder conviver com seres tão acolhedores que aqui estão; tristeza por ver lugares abandonados sem a mínima conservação e ter noção da falta de emprego que faz com que muitos saiam da cidade em busca de progresso e um custo de vida que proporcione uma vida melhor.

 

Nelson Gonçalves a esquerda


Paixão Cortes a direita


Artistas consagrados deste chão.



Um poema que descreve um pouco de nossa riqueza e cultura.


Sant'Ana dos Cerros

 
Sant’ana do cerro do marco
Ali no meio do mundo
sentimento profundo
De que se esta perto do céu
Sant’ana do cerro do chapéu
Cerro do Raio e da vigia
Tens imponência e valentia
Com teus guardiões pelos campos

Que zelam teus encantos
Com beleza e fidalguia.

Sant’Ana verdadeira
De sagrada mistura
Sempre regalada e pura
A quem em ti aposta
A muitos tu confortas

Que andam por ai a vagar
Vislumbram a vida a jorrar,
Sendo algo, até sinistro
A seiva do cerro do registro
E suas ligações com o mar...

E o modesto cerro do armour
Rodeado por seus banhados
Ali foi plantado
Por deus nosso senhor
Quem sabe pra amadrinhador
De seu irmão e parceiro
O “diplomata” Cerro do caqueiro
Que derrama suas raízes
Apadrinhando dois países
O uruguaio e o brasileiro.

E o mais garbo
Que resume estas somas
É o “Cerro da Palomas”
Em sua postura singela perpétuo sentinela
Mostrando beleza e coragem
Desejando boa viagem:
Boas vindas - na chegada
Na saída é saudade calada
Na conquista da amizade
Retrato de sinceridade
Num volte sempre e mais nada

Sant’ana do livramento
Me liberto em teus cerros
Onde alegrias e desterros
Passeiam em meus versos onde recorro o universo
Sem sair desta aldeia
Entre os cerros correm veias
Religando a pampa imponente
Que se faz continente
Vasta e livre – sem vaneias.

Sant’ana dizem
Que teus cerros são proteção,
A visionários pagãos que te querem roubar
E andam a procurar
Tua rica imensa beleza
Esquecem que esta riqueza
É valor reticente que se deve conquistar
E a descobre quem enxergar
O tesouro dentro da gente.

Autor: Wanderley Viana machado
 

CONHECENDO A CIDADE

Prefeitura Municipal
Prédio onde trabalham pessoas responsaveis pela administração e progresso do municipio.


                                                   Em cima á esquerda Praça General Osório

Em baixo a esquerda Clube Caixeral

Por: Cinara Baptista Ribeiro




Em cima estação férrea Central
Há baixo estação férrea da Vila de Pampeiro
Estações abandonadas sem a mínima conservação ou restauração.





Hospital Santa casa de Misericórdia

Por: Cinara Baptista Ribeiro



Em cima Lanifício Thomaz Albornoz
Há baixo antigo Engenho Formoso
Alguns dos prédios que proporcionaram muita renda e trabalho para cidade no passado, hoje da suporte para poucos trabalhadores e encontram-se mal cuidados.

Por: Cinara Baptista Ribeiro




Prédio da Unipampa e Polo EAD

Por: Cinara Baptista Ribeiro


 
Em cima á esquerda Quartel da 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea
Em baixo á esquerda desfile sete de setembro das viaturas da Polícia Rodoviaria Federal
Em cima á direita grupamento de militares do exercito brasileiro
Em baixo á direita viaturas do Corpo de Bombeiros

Por: Cinara Baptista Ribeiro



Há esquerda Parque Internacional
Há direita frota de ônibus escolares das escolas rurais

Por: Cinara Baptista Ribeiro




Em cima á esquerda marco no Cerro do Caqueiro
Em baixo á esquerda trevo que da acesso ao aeroporto
Em cima á direita Cerro de Palomas

Por: Cinara Baptista Ribeiro

Em baixo á direita Lago Batuva




Em cima á esquerda ninho de catorritas

Por: Cinara Baptista Ribeiro

Em baixo á esquerda casa de João de barro
Em cima á direita beija flor
Em baixo quero-quero

A natureza vivendo em harmonia



Em cima viaturas da Secretaria de Obras
Há baixo Base Operacional da AES Sul

Por: Cinara Baptista Ribeiro



Um pouco da paisagem local
Há direita campo com geada
Em cima á direita plátamos no bairro Armour
No meio á direita açude na pousada palomas
Em baixo á direita arroio florentina





Em cima á esquerda mangueira para lida com o gado
Em baixo á esquerda localização da cidade no mapa


Em cima á direita cerca de pedra ainda usada na região


Em baixo á direita representa os vinhedos

fonte: Cléu Flores


Representação da cultura local e alimentação típica do gaúcho

Por: Cinara Baptista Ribeiro






Esse é um pouco do meu chão, com seus pontos positivos e negativos também pois nas fotos e no filme podemos perceber além de toda cultura e progresso há também bens sucateados e abandonados precisando de reforma e reconstrução.
Amo essa terra cheia de riquezas que viveu seu passado, vive o presente e sonha com um futuro cada vez melhor.

ABAIXO UM VÍDEO PARA QUE POSSAS CONHECER UM POUCO MAIS DE MINHA SANT'ANA


 










 


domingo, 15 de maio de 2011

O Museu imaginário diferente

Ao lermos a palavra museu logo imaginamos coisas antigas, velhas que para alguns talvez sem importância para outros, verdadeiras relíquias, mas se acrescentarmos a palavra museu com a palavra imaginário formando assim o museu imaginário o que nos vem à mente?
Você quer saber o que vem na minha?
Olha só:
Ainda tem dúvidas?
Vou esclarecer para mim museu imaginário é um verdadeiro labirinto
Pois por mais idéias que tenhamos fica realmente difícil de expressar, assim como é difícil sair de um labirinto são tantos caminhos mas poucos os certos, ao mesmo tempo em que ele nos expressa dificuldade, pode nos proporcionar momentos de fuga, adrenalina, sonhos, expectativas etc.
Quem estando dentro de um labirinto gostaria de permanecer nele a vida toda?
Acredito que a resposta é que ninguém
Pois o verdadeiro objetivo de estar em um labirinto é achar a saída dele para então prestigiar seu verdadeiro museu imaginário.
Finalmente encontro meu museu e o que vejo?
Minhas lembranças e momentos guardados em um lugar perfeito chamado de memória infelizmente não são todos que podem ser guardados como arquivos, mas podemos eternizados em nossos corações:
No meu museu posso reviver muitas coisas, reler vários livros, rever muitos filmes, passear por vários lugares, reencontrar diversas pessoas, relembrar várias musicas, reler muitos poemas, reviver muitas experiências, mas deixarei aqui aquilo que realmente importa é insubstituível e muito precioso em minha vida, algo que tem valor infinito além de minha própria vida é claro que me dá o privilégio de vivenciar momentos tão maravilhosos ao lado de seres essenciais para mim.
“MINHA FAMÍLIA”.






Meus pais, meus irmãos, padrasto, cunhado e esposo fazem parte do meu valioso e intocável museu, não estão sós na minha imaginação, oração e realidade, mas fazem parte de toda minha vida e meu dia a dia, resumindo não seria capaz de ter um museu imaginário se não tivesse tidos presentes um dia.
                                                                                      

E para completar esse museu inesquecível o fruto de muito amor “Richard Maxuel que está a caminho, me considero a proprietária do museu mais valioso e deslumbrante do mundo.

Como podem ver meu museu imaginário é minha história: meu
nascimento, meus amigos, meus brinquedos, pessoas especiais,
sabe quando você fecha os olhos e dorme e derrepente começa a
sonhar? Pois esse é meu museu só que nele sonho acordada e a
cada dia mais e mais.

Todos os dias acrescento algo; são imagens que vem e me dão a
oportunidade de viver tudo novamente, com ela posso comparar e
perceber que o tempo passa, que as pessoa mudam assim como
eu também mudei.

Você já parou para olhar um álbum de fotografias? Daqueles que
começam com a imagem de uma ecografia gestacional com todo
desenvolvimento daquele bebe sem fim é claro, pois todo dia existe
a possibilidade de acrescentar uma figura, outra e outra, mais outra.

Meu museu é assim e como todo museu o meu é muito valioso e
está guardado em um lugar indestrutível chamado coração.







O que aprendi na vida

                                                  “Somos tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será”.

A existência de quem vive colecionando aprendizados é sempre mais feliz. Ela tem propósitos, metas, avaliações e resoluções constantemente. A postura de quem realiza tais conquistas, e as identifica, não deve ser a postura exibicionista, vaidosa, não. Essa contabilização é íntima. A comemoração é da alma. Construamos então nossa “Pílula de Otimismo”, de hoje, com  a experiência de vida de nossos leitores de “A Gazeta”. Aprendi que nunca poderei dizer “desta água não beberei”. E que mais problemática que esteja nossa vida, sempre a solução será encontrada. Aprendi que temos razões de sobra na vida, para começar o dia sorrindo. Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém; posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que nem sempre “o conseguir” é o importante. “O importante” é o nunca desistir. Não importa o quanto certas, coisas sejam importantes para mim. Tem gente que não dá à mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi fácil x difícil: por que é tão difícil dizer a verdade e tão fácil contar uma mentira. Posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos; que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber o que estou falando. Eu aprendi... que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida; que, por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortarmos em nosso caminho. Devemos ver a vida com outros olhos, pensar positivo, ter auto-estima, colocar energia positiva em tudo que realizo. Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. As pessoas mudam e evoluem, na sua essência serão sempre as mesmas. Aprendi que perdoar exige muita prática; que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Se quiser ser amado, ame! Se quiser receber um sorriso... Sorria! Aprendi que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando e que eu tenho que me acostumar com isso; que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. Que a alegria que nos falta, não raro, é a alegria que negamos aos outros. Aprendi que não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso, preciso reagir. Aprendi que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi que por mais que eu queira proteger meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. Aprendi que o silêncio da alma respira em cada flor, voa com cada pássaro, encontra beleza e sabedoria em tudo. Aprendi que ao lavar os pratos desfruto do calor da água que acaricia minhas mãos. Que devemos fazer de nossa vida e de todos os acontecimentos uma meditação. Que ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele: esta pequena parcela que chamamos de “Eu”.
Sonhar é melhor que tudo e muito melhor do que nada. 

Aristeu Kaszubowski